COMIDAS EXÓTICAS PARA ESTÔMAGOS FORTES


Quintaa-feira, 20 de Outubro de 2016


COMIDAS EXÓTICAS PARA ESTÔMAGOS FORTES



Você é o que você come. Na cultura ocidental, o que você come reflete na sua saúde, em como o corpo absorve carboidratos, proteínas, açúcares e gorduras. Na cultura oriental, a frase tem outro significado. Ao ingerir um alimento, você assume suas propriedades energéticas. Isso explica parte do motivo pelo qual os asiáticos são os campeões em comida exótica (pelo menos aos olhos arregalados dos ocidentais). Do cardápio de chineses, vietnamitas, cambojanos, tailandeses e japoneses fazem parte ingredientes como escorpiões, baratas, besouros, aranhas, morcegos, peixes venenosos, ursos, cobras, pênis de animais e larvas.
Para quem tem estômago forte e espírito aventureiro, comer um espetinho de escorpiões ou o coração ainda pulsante de uma cobra é apenas uma experiência diferente numa viagem de turismo. Mas para os locais, a maioria desses pratos – além ser uma fonte rica em proteína – é como um remédio: eles podem aumentar a vitalidade, a virilidade, a resistência e a libido ou curar dores no corpo, acabar com pedras nos rins, resolver problemas circulatórios, aliviar a tosse e a asma ou diminuir a apatia. No Vietnã, por exemplo, a cobra é um alimento muito apreciado por suas propriedades medicinais, e há restaurantes especializados no preparo do animal. A carne do réptil, dizem, é boa para a vida sexual de homens e mulheres e pode até curar a malária.
O que escolhemos comer depende de onde nascemos e de como somos criados. Mas quase sempre o que nos repele não é o gosto da comida, mas o pensamento de ter de comê-la. E é esse pensamento que nos faz repelir a ideia de comer carne de cachorro, como acontece na China, onde há criadouros de uma raça do animal para abate culinário. Ou que nos faz nausear diante de uma salada de besouros ou de um prato de larvas fritas. Ou ainda que nos faz colocar os bofes pra fora diante de um “crocante” ovo de pata com um embrião de 17 dias. Algumas comidas são tabu, outras, proibidas, outras, ainda, são consideradas “incomíveis”. Ma por que algumas culturas comem peixe cru, mas não comem queijo? O fato é que temos de nos alimentar para sobreviver, e o que é enojante para uns, pode ser uma iguaria para outros ou sua única fonte de sobrevivência.Ou você se recusaria a comer uma suculenta caranguejeira assada se a sua vida dependesse disso?
Nas próximas páginas você vai conhecer 12 alimentos estranhos ao redor do mundo. Mas lembre-se de que alguns deles só são estranhos dentro da cultura ocidental.

1. Tailândia: Ratos

Ratos são uma iguaria servida em ocasiões especiais na Tailândia
Sabe aquele roedor asqueroso do qual costumamos fugir ou então matamos sem dó? Pois o rato é um dos alimentos que vão à mesa dos tailandeses de várias maneiras. No norte do país, os locais costumam assar o bicho inteiro em uma espécie de churrasqueira improvisada e dividi-lo com os familiares e os convidados como uma iguaria muito especial – embora tenham à mão também porcos, bois e outros animais comestíveis mais comuns, eles preferem os ratos para ocasiões especiais. Os ratos assados são servidos com molho extremamente apimentado e com uma tigela de arroz grudento. Quem já provou diz que o sabor da carne do rato é parecido com a do coelho.
Segundo a Larousse Gastronomique, os ratos ainda são consumidos em algumas partes da França, mas como qualquer item da culinária francesa, são preparados de maneira requintada. No Vietnã, a procura é pelas ratazanas prenhas. Em vez da rata, os vietnamitas preferem seu fetos que, dizem, têm a carne muito mais saborosa, aumentam a virilidade e podem ser comidos crus. Então tá.

2. China: Sopa de ninho de pássaro
Ninho de passarinho antes de ir para a panela (alto), e a sopa já pronta para consumo
Você estaria disposto a pagar US$ 10 mil por 1 kg de ninho de passarinho? Mas veja, não é um ninho qualquer, mas um ninho feito da saliva de um tipo de andorinha. Esse ninho é o ingrediente principal de um dos pratos exóticos mais caros do mundo: a sopa de ninho de passarinho. É caro porque as andorinhas asiáticas constroem seus ninhos com saliva por um período de 35 dias, durante a época de procriação. Os ninhos, só podem ser colhidos três vezes ao ano e com muito esforço por parte dos coletores, que se arriscam numa perigosa escalada aos paredões rochosos onde os ninhos são construídos. Essa colheita arriscada só contribui para elevar o preço do produto.
Os ninhos da andorinha asiática são ricos em nutrientes e têm elevados níveis de cálcio, ferro, potássio e magnésio. Acredita-se que a iguaria também tenha valor medicinal, ajudando a digestão, aumentando a libido, melhorando a voz, aliviando as crises de asma, melhorando a concentração e fortalecendo o sistema imunológico. Os ninhos de passarinho são consumidos em sopa. Depois de colhidos, eles são lavados para a retirada de penas e vendidos a restaurantes, onde são servidos cozidos em caldo de galinha. Durante o processo de cozimento, os ninhos soltam uma substância que confere textura gelatinosa à sopa.
Em Hong Kong, o preço de um pratinho da sopa de ninho de passarinho custa de US$ 30 a US$ 100.

3. África e Ásia: Cérebro de macaco

Cérebro de macaco servido na cabeça do bicho no filme ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’
A cena ficou imortalizada no filme “Indiana Jones e Templo da Perdição”: em um jantar repleto de comidas impensáveis, cabeças de macaco são servidas aos convidados com o cérebro exposto para o consumo. Mas em países como a China, a Malásia, o Vietnã, a Indonésia e Tailândia, o miolo do macaco é retirado da cabeça, limpo, cozido e servido com molho temperado em um prato comum. O miolo do animal é rico em gordura, proteína e fósforo, mas muitos o consomem por acreditar que podem ficar mais inteligentes.
Em outros países da Ásia e na África, há quem prefira comer o cérebro diretamente no crânio do animal ainda vivo. Aos olhos das sociedades protetoras de animais, a prática é uma atrocidade. O animal é mantido vivo, preso em uma gaiola de ferro com a cabeça para fora, como numa bandeja, e depois de ter os pelos raspados e a cabeça lava, a tampa do crânio é retirada. Munidos de uma colher especial, os comensais se servem do cérebro ainda pulsante do animal agonizante.

4. China: Pênis de touro, cachorro, cavalo, veado…

Ensopado de pênis de touro
Para os chineses, o pênis de touro é um afrodisíaco com as mesmas propriedades do Viagra. Segundo a tradicional medicina chinesa, se cozido com as ervas certas, ele tem a capacidade de deixar quem o come com um desejo sexual incontrolável. Mas mesmo para os chineses, e embora seja encontrado nos mercados, o pênis de touro é um tabu culinário. Não é todo mundo que se aventura a provar a carne firme, cheia de tendões, do órgão sexual do touro. Assim como é preciso experiência para prepará-lo corretamente. Para que a carne não fique com gosto de urina e dura, o cozinheiro precisa abrir o pênis e lavar muito bem o canal da urina que corre ao longo do órgão, depois, deve cozinhá-lo por, no mínimo, quatro horas e servi-lo como numa sopa.
Em Pequim há um restaurante especializado em órgãos genitais de animais. O Guolizhuang tem vários tipos de pênis (cavalo, boi tibetano, cachorro russo, veado, bode da Mongólia, de touro, de foca, de burro) quatro de testículos no cardápio (de galo, de bode, de boi e de cavalo). Lá os pratos recebem nomes pomposos, como “Cabeça coroada com bracelete de jade”, feito com pênis de cavalos da região de Xin-jiang, e “Dragão na chama do desejo”, feito com pênis de boi tibetano cozido inteiro, frito e flambado.

5. Japão: Fugu

O fugu é o único alimento que não pode ser servido ao imperador japonês
No livro “O Clube dos Anjos”, de Luís Fernando Veríssimo, um grupo de dez amigos promove encontros gastronômicos mensais em que o maior prazer proporcionado pela comida é a possibilidade da morte. A cada novo jantar, o prazer era ampliado pelo envenenamento eminente. E é descrevendo esse prazer que o fugu é apresentado ao protagonista da história por um integrante de uma sociedade secreta japonesa comedora do peixe venenoso conhecido por aqui como baiacu. Sim, o fugu é venenoso. E, sim, muita gente paga uma fortuna para comer a iguaria que pode matar em minutos caso não seja preparada adequadamente. O motivo? É Lucídio, o misterioso personagem do livro, que explica: “O prazer de comer o fugu é triplicado pelo risco de morte. A perspectiva de morrer a qualquer momento, em segundos, produz uma reação química que realça o sabor do fugu”.
O governo japonês calcula que cerca de 20 mortes por ano são causadas pelo envenenamento por fugu. Por isso, o peixe só pode ser preparado por mestres especializados treinados no Japão em um curso de três anos. Neste curso, o especialista aprende a retirar o veneno concentrado nas gônadas, no fígado e na pele do peixe sem que a carne seja contaminada. O fugu contém o veneno tetrodotoxina (TTX), que é dez vezes mais letal que o cianeto e que age como bloqueador do canal de sódio. O veneno mata a vítima por asfixia provocada pela paralisação paulatina dos músculos do corpo (pés, mãos, cérebro, pulmões e coração). Não existe antídoto para o veneno.
Uma refeição completa de fugu custa muito caro. Em alguns restaurantes americanos onde a iguaria é servida, o prato chega a custar mais de US$ 350. No Japão, chega a 20 mil ienes (cerca de R$ 350 reais). Por ser tão cara, a carne do fugu é cortada em fatias finíssimas para aproveitar o máximo – as fatias são tão finas, que é possível enxergar o fundo do prato através da carne. O fugu pode ser comido cru, como sashimi (fugu sashi), arrumado no prato em forma de crisântemo, frito e servido no saquê quente (hire-zake) ou cozido no vapor com legumes (fugu shiri). Quem provou e viveu para contar diz que o sabor da carne de fugu nem é tão bom assim, além de a carne ser um tanto rija.

6. Venezuela, Camboja e Austrália: Tarântulas


Tarântulas, ou caranguejeiras, são comidas assadas, fritas ou na brasa
Aranhas são bichos que mexem com nossos medos mais profundos. Mas venezuelanos, cambojanos e australianos não temem o aracnídeo. Ao contrário, adoram comê-los fritos, na brasa ou assados. Na verdade, não é qualquer espécie de aranha que pode ser devorada pelo homem. A ideal – e preferida – é a tarântula, ou caranguejeira: o bichão peludo que geralmente é usado em cenas assustadoras de filmes tem a maior parte da carne concentrada no abdome.
Antes de consumir a tarântula, no entanto, é preciso despelá-la. Isso é feito colocando-a diretamente na chama, para que os pelos altamente irritantes sejam queimados, evitando que se alojem no pulmão de quem a come. Na Venezuela, a tarântula é consumida assada na brasa, como churrasco, pela população indígena: eles caçam a tarântula gigante na toca, embrulham-na em folha de bananeira e depois a assam na brasa. No Camboja, onde era fonte principal de alimento da população faminta na época do Khmer Vermelho, a aranha é temperada com sal e alho, frita e servida em espetos ou em bandejas. Na Austrália, embora ela seja consumida principalmente pelos aborígenes, a caranguejeira também faz parte de algumas receitas elaboradas por chefs renomados (flambada no brandy).

7. Filipinas: Balut


O balut é apreciado pelo equilíbrio de sabor e textura
Quase todo mundo gosta de ovo cozido. Mas e se o ovo viesse premiado com um feto quase totalmente desenvolvido? Pois essa é uma iguaria que os filipinos vendem nas ruas e adoram comer pelo equilíbrio de texturas e sabores. O balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias – até o ponto de ter penas e bico. Ele é cozido e depois comido na casca, mergulhado em molho de soja e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Ao descascar o ovo é possível ver o feto do pato com sua pele translúcida, os olhos e tudo. Quem já provou diz que os ossos da ave conferem à iguaria uma consistência crocante. Não raro, as penas malformadas ficam presas entre os dentes, como um fiapo de manga. Reza a lenda que o balut tem propriedades afrodisíacas. Nas Filipinas, o balut é servido como entrada em restaurantes: cozido, frito em omeletes ou como recheio de tortas.

8. Itália: Casu marzu


Casu marzu pronto para consumo
Entre um “queijo” feito com cabeças de porco, boi e cordeiro cozidos – especialidade sueca – e um queijo de leite de ovelha em estado de decomposição, ganha a iguaria sarda no quesito comida bizarra. Chamado de casu marzu, que significa literalmente queijo podre, o queijo italiano produzido na região da Sardenha é um pecorino maturado por larvas vivas de moscas. Não, você não leu errado. Os produtores do casu marzu introduzem, deliberadamente, ovos da mosca Piophila casei (ou a própria mosca deposita seus ovos nas grandes peças do queijo deixadas em ambiente aberto), cujas larvas promovem uma fermentação avançada do alimento.
A textura do queijo fica macia, quase cremosa, graças ao ácido liberado do sistema digestivo dos vermes que quebra os lipídios do queijo. Quando atinge o ponto certo para ser “degustado”, o casu marzu tem milhares de vermes. Na hora de consumir, o queijo é colocado dentro de um saco de papel vedado, para que as larvas vivas pulem para fora do queijo em busca de oxigênio, produzindo um som como o estouro de pipocas. Quando o barulho diminui e para por completo, é sinal de que as larvas estão mortas e o queijo já pode ser comido.
A retirada das larvas não é uma regra. Há quem prefira ingerir o queijo com os bichos ainda se contorcendo nas fatias de pão sardo umedecido em que ele é servido – como é mostrado no vídeo abaixo. Detalhe: para que as larvas não saltem do queijo para o rosto ou os olhos, quem come o queijo com elas costuma colocar a mão sobre o lanche para evitar ser atingido pelo verme.

O balut é apreciado pelo equilíbrio de sabor e textura
Quase todo mundo gosta de ovo cozido. Mas e se o ovo viesse premiado com um feto quase totalmente desenvolvido? Pois essa é uma iguaria que os filipinos vendem nas ruas e adoram comer pelo equilíbrio de texturas e sabores. O balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias – até o ponto de ter penas e bico. Ele é cozido e depois comido na casca, mergulhado em molho de soja e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Ao descascar o ovo é possível ver o feto do pato com sua pele translúcida, os olhos e tudo. Quem já provou diz que os ossos da ave conferem à iguaria uma consistência crocante. Não raro, as penas malformadas ficam presas entre os dentes, como um fiapo de manga. Reza a lenda que o balut tem propriedades afrodisíacas. Nas Filipinas, o balut é servido como entrada em restaurantes: cozido, frito em omeletes ou como recheio de tortas.
9. Brasil: Caldo de turu


Caldo de turu
Prato predileto dos ribeirinhos da Ilha de Marajó, no Pará, o turu é um molusco que vive dentro de troncos de árvores apodrecidas nas águas salobras do mangue marajoara. Parecido com uma lombriga branca e leitosa, o turu tem textura gelatinosa e pegajosa e é consumido pelo catadores cru, com algumas gotas de limão e um pouco de sal. Chega a medir até um metro e meio e tem a espessura de um polegar de circunferência. Quando chega à cozinha dos restaurantes e pousadas da região, já limpos, é consumido como sopa, como caldo (a receita é ensinada sem medidas exatas e com variações que incluem leite de coco e vinagrete de alho, cebola, limão, tomate e azeite), à milanesa ou cru, temperado como o ceviche peruano.
Com gosto muito parecido com o da ostra e do mexilhão, o turu é rico em cálcio (cada 100g contém 153 mg de cálcio), ferro (55 mg/100g), potássio (117 mg/100g) e magnésio (71mg/100g) e tem baixo teor de gordura (0,7g/100g). Os dados são da tabela nutricional de alimentos aborígenes da Austrália, onde o turu também é encontrado e consumido.

10. Brasil: Farofa de içá (tanajura)

E a bundinha da formiga içá vira uma farofa crocante
Não é só do outro lado do mundo que os insetos fazem parte do cardápio humano. No Brasil, a içá (tanajura), fêmea rainha da saúva, é amplamente consumida em áreas rurais do sudeste do país, principalmente no Vale do Paraíba (SP). Comida dos primeiros habitantes do país, os índios brasileiros, a içá acabou caindo no gosto do sertanejo e dos tropeiros. A época ideal da “colheita” da içá são os meses de setembro e outubro, quando as formigas saem aos bandos em busca de comida após o inverno.
Rica em proteínas, a içá tem baixo teor de gordura e alto teor de fósforo e ferro. Ela é consumida torrada ou em farofas com farinha de mandioca grossa, depois de retirados o abdome e as pernas, só sobrando a bunda gordinha da tanajura. Quem já provou diz que a formiga tem gosto de amendoim. Mas há quem diga que ela tem um leve sabor de crustáceos. O que confere à iguaria seu sabor peculiar, no entanto, é a textura crocante da bundinha da rainha que está recheada de ovas.

11. África do Sul: Lagartas fritas

Na África, da lagarta da mopane é consumida frita e acompanhada de um molho
Parece tarefa de reality show de sobrevivência na selva, mas comer um prato de lagartas é algo bastante comum em países do sudeste africano, como Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Zâmbia, Namíbia, Angola e Malawi. As lagartas azul-esverdeadas (Imbrasia belina) se alimentam das folhas da mopane, árvore que só ocorre na África. São bem bonitinhas na árvore, mas perdem o apelo depois de colhidas (os galhos são chacoalhados e elas caem no chão), terem o interior espremido para fora, e serem cozidas e secas no sol para reidratação quando necessário. Fonte fácil e gratuita de alimento, a lagarta da mopane contém 60% de proteína e grande quantidade de fósforo, ferro e cálcio. Mas ela tem época certa de colheita: um pouco antes de fazer o casulo, caso contrário, não são tão nutritivas e saborosas. Quem já provou a iguaria diz que o sabor é como o de um papel cartão temperado. Talvez seja por isso que ela geralmente seja servida com um molho. O restaurante Iyavaya, em Joanesburgo, costuma servir a lagarta da mopane frita e acompanhada por molho de tomate apimentado. Ao que parece, a receita faz sucesso, já que o restaurante encomenda 40 kg do verme a cada duas semanas.

12. China: Espetos de insetos


Escorpiões, baratas e cavalos-marinhos dividem as bandejas de espetinhos à venda em barracas de Pequim
Antes da existência dos fast food e das fazendas, os insetos alimentaram caçadores pré-históricos do mundo todo. A entomofagia, ou o hábito de comer insetos, é ainda é praticada por milhões de pessoas em sociedades tradicionais, como a asiática e a africana. São fontes de alimento ricas em gordura e proteína e podem ser encontradas em abundância na natureza. Em países como a China, o Vietnã e o Camboja, os insetos são vendidos em barracas na rua, em restaurantes especializados e em mercados.
Quem visita Pequim encontra a iguaria em bandejas dispostas nos balcões. Lá espetinhos de escorpiões, baratas e besouros dividem o espaço com grilos, cavalos marinhos e estrelas-do-mar. Além de serem apreciados pelo sabor e pela textura, esses alimentos são consumidos por suas propriedades medicinais e energéticas. Segundo os chineses, o escorpião tem a capacidade de esquentar o sangue quando o clima está frio, aumentar a virilidade de quem o come e curar certas doenças. O cavalo-marinho, de aumentar a libido e a capacidade sexual. E as baratas, de aumentar a força muscular.
Vai encarar?





Por Edson Bambo

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